Exorcismo*
A ciência tem demonstrado que, dos casos tidos com possessão diabólica, no passado, apenas 3% podem ser levados a sério.
Daí a cautela da Igreja, nos últimos tempos, com relação à prática do exorcismo.
O Catecismo da Igreja Católica lembra que é necessário proceder com prudência, assegurando-se, antes de celebrá-lo, se de fato se trata da presença do maligno ou de uma doença. (CIC 1673).
O Concílio Vaticano II adverte:
- Não transformar a celebração em espetáculo;
- Não divulgar o exorcismo através dos meios de comunicação;
- Consultar peritos em ciência médica e psiquiátrica que tenham senso das coisas espirituais.
Cristo, por seu mistério pascal de morte e ressurreição, nos “arrancou da servidão do Diabo e do pecado” (GS N 22).
A vitória de Cristo destruiu os atos de todos esses espíritos imundos e sedutores “... o Filho de Deus veio para destruir o que o Diabo tem feito” (I Jo.3,8).
O Diabo não consegue ultrapassar os limites que Deus lhe impôs. Ele não pode nos escravizar, nem tirar nossa liberdade que até Deus respeita. Ele pode induzir ao mal, mas a pessoa é livre par praticá-lo ou não.
Os sinais de obsessão diabólica apresentados no Ritual - glossolalia, sansonismo, aversão ao nome de Jesus, da Bem-aventurada Virgem Maria, aos sacramentais e imagens sacras - não resistem a uma análise criteriosa, porque freqüentemente pessoas em transe, isto é, inconscientes e com a mente em estado alterado extravasam seus recalques desta maneira.
O mais sensato nestes casos é não dar peso às palavras proferidas neste estado de transtorno mental e tirá-la do transe (Cf. O Mundo Mágico da Parapsicologia, pág. 40-41, de autoria do Pe. Jaime Pereira).
De volta ao estado normal, o (a) paciente está apto (a) para conversar, desabafar e rezar. Nos casos graves é aconselhável consultar um especialista.
*Com base no Manual do Exorcista
Pe. Jaime Pereira
Diretor Espiritual do Seminário São Pio X